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Sonhos sobre a lua inspiram competição do Google

Por Porvir

Estão abertas até o próximo dia 23 de junho as inscrições para a edição de 2015 do MOONBOTS, competição internacional online organizada pelo Google e pela fundação Xprize que desafia crianças e jovens de 8 a 17 anos a contar histórias fascinantes sobre a lua e desenvolver projetos de robótica.

Baixe aqui um PDF com as regras do MOONBOTS 2015

Para participar, times de dois a quatro integrantes devem enviar um vídeo curto ou um texto contando o que mais os inspira sobre a lua. Após análise das narrativas, 30 serão selecionados por especialistas a ingressar no desafio de robótica. Nesta parte prática, o Google envia para a equipe kits de sondas espaciais para serem montados e programados. Depois disso, os robôs terão que executar em um cenário que simula a paisagem lunar uma missão baseada no projeto teórico.

Todos os times precisam ter um capitão, que será o adulto responsável por fazer a inscrição (em inglês) e coordenar as atividades. As regras completas podem ser encontradas neste link.

Destaque de 2014

Mais de 300 times se inscreveram na edição do ano passado e nove deles eram brasileiros. Entre os 25 que avançaram à fase seguinte, aquela com robôs, os dois brasileiros eram capitaneados pelo professor Ricardo Conde, que leciona nos colégios Sesi e Coopevo, em Votuporanga, no interior do estado de São Paulo.

Conde diz ter apostado na nostalgia para criar os vídeos dos seus dois projetos. Um deles falava de um banco genético que salvaria a raça humana da extinção e, o outro, de como a lua poderia servir como reserva de espécies de plantas e animais saudáveis. Segundo o professor, essa fase de preparação exige dedicação e tempo, No caso dele, 20 dias. “É preciso passar as ideias de forma clara para não gerar dúvida nem para um leigo e tomar cuidado com o texto, porque o vídeo vai ser traduzido para o inglês”, explica.

Na fase seguinte, é preciso programar o robô e filmar a execuções das missões. “É um trabalho intenso em que é necessário montar o cenário, construir o robô, criar regras de pontuação e escrever um documento em inglês. Depois é mandar um compacto da atividade vendendo o peixe para o Google: como você fez, qual a regra e o objetivo”.

Apesar de não ter ficado entre os selecionados para viajar ao Japão, o capitão e professor diz ver benefícios claros com a atividade, como maior interesse dos alunos pelos estudos e também a apoio de familiares. Para a competição, ele diz selecionar os alunos mais jovens que demonstrem maior comprometimento com os estudos. “Os mais novos não têm muitas oportunidades e, se começam cedo, chegam ao ensino médio com outra visão.”

Este texto foi originalmente publicado no Porvir

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