O que é o superscore do SAT e do ACT, e como ele ajuda na application
As notas nos testes SAT ou ACT são pontos muito importantes no processo de admissão das universidades americanas. Isso porque os estudantes brasileiros geralmente possuem padrões de notas diferentes das existentes em escolas americanas. Daí a importância de um exame padronizado, que estabeleça uma mesma régua para alunos de origens distintas.
No fim das contas, resultados do SAT e do ACT servem como uma “vitrine” do seu application. Isto é, serão o primeiro ponto a ser analisado por uma universidade americana no processo de admissão de jovens estrangeiros.
Segundo Rebecca Safier, especialista em college counseling e que concluiu um mestrado na área pela Universidade Harvard, a cada ano o número de candidatos à graduação nos Estados Unidos cresce mais. Com um ambiente mais competitivo, fica interessante considerar o seu superscore no momento da application.
O que é, afinal, o superscore no SAT e no ACT
Superscore é a nota (score, em inglês) que as universidades americanas consideram como mais alta, dentre os testes que realizados por um estudante. Ele leva em consideração as notas obtidas em cada seção das provas padronizadas, SAT ou ACT.
Por outro lado, o superscore não permite que sejam somados os desempenhos das duas provas distintas – por exemplo, inglês no SAT e matemática no ACT. Em outras palavras, o cálculo fica restrito a uma prova por vez.
Vamos a um exemplo prático do superscore:
No seu primeiro SAT, você tirou 680 em inglês e 690 em matemática – totalizando um score de 1370. Já no seu segundo SAT, foram 640 pontos no inglês e 760 na seção de matemática, chegando a um resultado de 1400.
Pensando no superscore, a nota considerada para English seria 680 (a maior entre as duas séries, obtida na primeira tentativa) e para Math, 760 (da segunda prova). Com isso, o score final do SAT equivaleria a 1440 pontos, graças ao superscore.
A mesma situação pode ocorrer no ACT. Nesse caso, estabelece-se uma média usando as melhores notas de cada seção (English, Math e Science) para montar o superscore.
Novamente, um exemplo prático:
Numa primeira vez, o estudante obtém 26 como nota em inglês, 28 para a área de matemática e 27 em ciências. Na situação hipotética, a média seria de 27 pontos.
Já em uma segunda prova, os resultados foram os seguintes: 24 na seção de English, 30 na parte de Math e 28 em Science. Ainda que duas notas tenham aumentado, a média continua a ser 27.
Usando o superscore, entretanto, as notas consideradas seriam as maiores em cada seção. Ou seja, 26 para o inglês, 30 para matemática e 28 para ciências. Com isso, a média sobe para 28.
Vale sempre usar o superscore?
A maioria das universidades aceita o superscore, principalmente do SAT, mas é necessário confirmar e conferir com cada uma delas sua política para os testes padronizados.
O superscore faz parte de uma estratégia para que os estudantes atinjam todo o seu potencial nos exames. No entanto, o aluno não deve deixar de realizar nenhuma das partes da prova – seja o SAT ou ACT.
E agora: fazer o SAT ou o ACT?
Ambos. Hoje, o SAT é oferecido quatro vezes ao ano, no Brasil – geralmente, nos meses de janeiro, maio, outubro e dezembro.
Já o ACT é realizado cinco vezes, anualmente. Por sua vez, o ACT inclui uma seção de Science – o que muitas vezes elimina a necessidade de se realizar o SAT Subject.
Antes de escolher entre um ou outro, o aluno deve estudar o formato de cada prova. Sua decisão deve levar em conta um critério: a facilidade que tem em cada um dos exames.
Esta é uma escolha pessoal e pode ser feita com base em um simulado de cada, por exemplo. Normalmente, os brasileiros têm mais facilidade com o SAT, já que a prova conta com menos enunciados e com um tempo pouco maior para responder cada pergunta.
Entretanto, isso não quer dizer que o estudante não possa, também, fazer o ACT. Afinal, ele também é aceito por universidades americanas e o conteúdo se assemelha ao SAT, nas seções de matemática e inglês.
A preparação para os testes padronizados pode durar até dois anos e, quanto mais você praticar, mais terá chance de aumentar seu score. Essa é a recomendação geral: comece logo seus estudos, monte um plano de ação com datas específicas para a realização dos testes e elabore um plano de estudos.
Sobre a Autora
Ana Virginia Kesselring é administradora de empresas com especialização em Psicopedagogia Clínica e Educacional e tem mais de 15 anos de experiência no ensino de idiomas. É diretora e proprietária da Virginia Center School, uma instituição de ensino de idiomas especializada em preparar estudantes para o TOEFL, o SAT, o GRE e o TOIEC.