Teoria ou prática: as metodologias dos mestrados em Educação
Uma pergunta deve ser respondida logo que você decide fazer uma pós em Educação: qual é o seu objetivo com o curso – ou qual carreira você quer seguir depois? Isso também significa responder a algumas outras questões embutidas na primeira: A ideia é desenvolver uma tese que responda a um problema específico? Aprender novas metodologias é mais importante do que ter experiências práticas? Na verdade, o que você quer é se profissionalizar? Ao invés de apresentar uma monografia no fim do curso, seria mais interessante desenvolver um produto real? Seu sonho é empreender ou criar uma start-up?
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No Brasil, pouquíssimos mestrados em Educação são profissionalizantes, e a maioria deles tem uma estrutura bastante rígida. No final do curso, inevitavelmente, você vai precisar apresentar uma dissertação específica, desenvolvida ao longo de um período de dois anos com a ajuda de um orientador. Os créditos a serem cumpridos em disciplinas não ocupam tanto tempo dos alunos, que devem priorizar a elaboração de sua tese.
De toda forma, o mestrado no formato brasileiro é suficiente para quem quer seguir carreira acadêmica no Brasil ou subir de cargo no setor público. “O título aumenta as chances de o profissional assumir postos de chefia onde já atuava ou ter o salário aumentado”, diz Paula Louzano, doutora em Educação pela Universidade de Harvard e consultora da Fundação Lemann.
Por outro lado, os mestrados em Educação nos Estados Unidos são mais profissionalizantes e focados em disciplinas, contendo programas mais sólidos de metodologia de pesquisa. “Os americanos veem o curso – que geralmente dura um ano – como um momento para o aluno que fez graduação aprender a atuar no mercado”, explica Paula. Contudo, há opções acadêmicas, especialmente voltadas para aqueles que desejam emendar um doutorado depois ou trabalhar na academia.
Harvard School of Education: para transformar a educação brasileira
A Stanford Graduate School of Education, por exemplo, oferece um curso de educação comparada, em que, como no Brasil, o aluno tem que desenvolver uma tese a ser apresentada para uma banca no final. “Esse formato facilita a validação do mestrado no Brasil”, aponta a professora. Segundo Paula, outros cursos de mestrado no exterior, em que os estudantes são estimulados a apresentar um produto no término das aulas, como uma start-up, dificilmente serão validados no Brasil como tal. “Porém, os mestrados no exterior, mesmo fora dos nossos padrões, são muito valorizados no mercado de trabalho, especialmente no setor privado.”
Os cursos nas faculdades americanas também são baseados em áreas de estudo menos segmentadas do que no Brasil, com mais possibilidades de trânsito entre as diversas faculdades do campus. Nos EUA, um profissional de Engenharia é incentivado a fazer disciplinas em Educação, por exemplo. Isso é, inclusive, muito valorizado, pois os americanos têm uma visão muito mais abrangente de o que é o setor educacional e enxergam a educação como uma atividade empreendedora. “Se você procura um ambiente fértil, criativo, multicultural, interdisciplinar e com condições propícias para a inovação, estudar nos EUA é uma excelente opção”, conclui Paula.
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