Uma “aula” sem professores, dentro de uma das prisões mais famosas do mundo. É isto que o estudante Danilo Vaz mostra neste vídeo: como é por dentro a famosa prisão de Alcatraz, que ele visitou como atividade complementar aos seus estudos na Universidade Minerva.
Andando pelo ambiente – uma ilha que só pode ser acessada de barco, saindo de São Francisco – ele consegue sentir, na prática, algumas das reflexões e teorias que foram tidas durante as aulas. Mais que isso: ele mostra como a cidade pode ser utilizada como a melhor, e mais barata, das salas de aula. Confira:
Como fazer de uma cidade o seu campus?
por Danilo Vaz
O conceito de universidade é muito ligado à ideia de um campus. Afinal, universidade é sinônimo de sala de aula, biblioteca e ginásio esportivo, não é mesmo? De fato, essa ainda é a concepção que temos do que é normal para uma universidade. Mas, em uma época de contestação dos antigos “padrões” (haja vista empresas como Uber, Netflix, Airbnb e Tesla), eu pergunto: qual será o novo normal para uma universidade?
Esta é uma questão aberta e de solução não tão óbvia. Algumas tendências, porém, podem indicar os caminhos onde estão as respostas. Por exemplo, o bom uso de novas tecnologias é cada vez mais importante em todos os aspectos da nossa vida – e isso não é diferente no que se refere a educação. Portanto, podemos concluir que o novo padrão de normalidade para uma universidade será um modelo que faz uso adequado de novas tecnologias.
Mas o que isso tem a ver com um campus? Talvez essa correlação não seja grande no Brasil, uma vez que as maiores universidades são públicas. Mas, nos Estados Unidos, todos os alunos são responsáveis por manter as caras instalações de seus campi, independente do que eles usarão de fato durante sua experiência universitária. Ou seja, mesmo que um aluno nunca entre no campo de futebol americano padrão NFL de sua escola, ele ainda terá que arcar com os seus custos através de sua tuition – uma das consequências do modelo universitário antigo.
É olhando para esta incoerência que a Minerva propõe uma experiência universitária diferente. Aqui, todos os alunos arcam apenas com os custos associados à parte acadêmica e à moradia – o que reduz as despesas universitárias em torno de 75%, quando comparado com as Ivy Leagues, por exemplo. Além disso, esse modelo permite que os alunos utilizem os recursos das cidades em que vivem para compor sua experiência universitária. E é aqui que a palavra “imersão” se torna importante.
A Minerva oferece várias oportunidades para que seus alunos possam ser imersos nas cenas de negócio, tecnologia, arte e trabalho social dessas cidades através dos Co-Curriculars, mas é esperado que os alunos explorem a cidade por si só para que possam personalizar a sua experiência e fazer conexões que talvez seriam impossíveis dentro de uma sala de aula ou de uma biblioteca.
São Francisco oferece incontáveis oportunidades para isso e no vídeo de hoje eu conto um pouco mais sobre esse aspecto de imersão na Minerva enquanto faço uma visita a famosa ilha e prisão de Alcatraz – lar de Al Capone por 5 anos.
Sobre o Autor
Danilo é ex-aluno de Engenharia Mecânica na UNESP e atual membro da Founding Class na Minerva Schools at KGI. Lá, ele integra um grupo de estudantes e educadores que estão repensando a experiência universitária para o Século XXI. Apaixonado por Educação, Danilo já trabalhou em diversas iniciativas na área e participou de cursos sobre o assunto dentro e fora do Brasil. Seu maior objetivo é “contribuir para um mundo com melhores oportunidades educacionais para todos.” Para conhecer mais informações sobre a Minerva e sua experiência universitária, visite a página oficial. O processo de application para a turma de 2017 abre em Agosto.
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