Daqui a um mês, vou dar um beijo de despedida à minha mãe e levantar voo em direção a uma viagem de 26 horas até Middlebury College. Estou felicíssimo por realizar um sonho maravilhoso e muito contente com a faculdade onde fui aceito e resolvi estudar. Eu me sinto no céu!
Mas o estado de graça em que me vejo hoje esconde todo o trabalho e stress do último ano que passei, desde as provas que fiz até a escolha da lista de faculdades para onde eu mandaria minha application. Quanto a Middlebury, por exemplo, acrescentei essa universidade no penúltimo dia antes da data, só para engrossar o meu college list e aumentar minhas chances de aceitação. Na correria, enviei meus documentos para uma faculdade que tinha acabado de conhecer, faculdade esta que agora vai me receber.
Como não tinha muito tempo para conciliar o 3º do Ensino Médio e as minhas applications, resolvi deixar a procura das universidades que se encaixassem no que eu me interessava de lado, para focar nos SATs e nas redações. Uma vez de férias, livre de vestibulares e esperando a resposta dos admissions officers, comecei a procurar entender melhor as universidades aonde tentava ser aceito. O que eu percebi foi interessante: as instituições que, antes, eram minhas últimas opções tomaram o lugar de outras que antes preferia, conforme fui conhecendo elas mais a fundo.
Middlebury participou desse processo. Da lanterna na classificação das minhas faculdades favoritas, ela passou para o grupo das favoritas. Isso aconteceu quando descobri que a universidade tinha um Centro para Empreendedorismo Social, referência dentro dos EUA. Eles desenvolvem vários projetos interessantes e abrem muito espaço para iniciativas dos alunos, inclusive oferecendo financiamentos generosos para esses empreendimentos. Como essa é uma das áreas que mais me interessam e é o que sonho para minha carreira, Middlebury College tornou-se uma queridinha na minha lista de faculdades.
Assim, tive uma entrevista maravilhosa com uma ex-aluna de lá, que durou mais de duas horas, e acabei recebendo aceitação da faculdade americana e mais uma bolsa para estudar lá. Ao mesmo tempo, algumas universidades que eu não gostava muito, mesmo sendo bem menos concorridas, acabaram recusando minha application.
Moral da história: Escolher em quais faculdades você quer estudar é tão importante quanto as provas. Como os comitês de admissão de muitas universidades fora olham o perfil do aluno como um todo, frequentemente elas escolhem alunos por compatibilidade, não apenas por sucesso acadêmico. Devo admitir que eu errei neste aspecto; mas por sorte acabei colocando alguns Colleges que tinham tudo a ver comigo!
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