Vida em Stanford: Etiquetas e Conselhos
Por Lawrence Murata, calouro de Stanford
Esse é meu primeiro texto como colunista no Estudar Fora! Prazer em conhecê-los! Sou Lawrence, de São Paulo, calouro de Stanford apaixonado por Beatles, empreendedorismo, chocolate quente, línguas, projetos sociais e arte (aos mais curiosos, há uma descrição embaixo e também podem visitar meu site). Tenho 18 anos e vários sonhos e paixões. O meu maior sonho é de fazer grande diferença no mundo. Para isso, são importantes os pequenos atos, as pequenas gentilezas. Sempre gostei de ouvir os conselhos do cotidiano e levá-los em consideração. É uma atitude que valorizo muito. Por isso, valorizo muito também a interação com leitores, que podem ficar à vontade para entrar em contato no Facebook, Twitter, e-mail, ou seja lá onde for!
Meu primeiro texto é sobre conselhos e etiquetas. É inevitável ser alvo de etiquetas, todas com lados positivos e negativos, por causa da escola em que você estuda, da sua posição numa empresa ou até mesmo por detalhes irrelevantes. Julgamentos, até certo ponto, são naturais e fazem parte do cotidiano. O problema é quando indivíduos se tornam orgulhosos, no mal sentido, e acham que sabem tudo, colocando-se numa posição acima dos outros. Grandes empresários como Flávio Augusto, Marcel Telles e outros entendem que é necessário estar sempre aberto a conselhos, mesmo quando temos nossas certezas, tendo a humildade de pedir ajuda. Algo que, numa sociedade repleta de julgamentos excessivos, é incomum e traz grande diferencial aos indivíduos que possuem essa qualidade.
Quando me reuni no BTG Pactual, um dos diretores me perguntou: “em que você acha que pode melhorar?” Respondi: “Tudo. Sempre dá pra melhorar em tudo. Nunca somos bons o suficiente.” Foi aí que uma lembrança antiga veio à tona em sua memória: ele me contou que, quando trabalhava junto com o Marcel Telles, perguntou para o empresário qual o motivo pelo qual ele trabalhava tanto, se ele já havia juntado tanto dinheiro. Foi isso que o Marcel respondeu: que é sempre possível aprender mais. Não podemos parar e achar que sabemos mais que os outros.
Algo que admiro no BTG Pactual é o ambiente informal e valorização da meritocracia, dos resultados, acima de qualquer etiqueta. O André Esteves trabalha na mesma mesa, no mesmo ambiente e na mesma cadeira que todos. Livrem-se de etiquetas e busquem conselhos, tenham a humildade e a nobreza de aprender mais e de reconhecer que não sabemos o suficiente. Sempre que visito minha escola, gasto um bom tempo trocando ideias com um dos inspetores da escola, com quem sempre aprendo muito. Quando o projeto do Apoie Um Talento estava no início, fui ao colégio pedir conselhos para professores, coordenadores, inspetores e até mesmo o presidente do colégio. Pedir a opinião e conselho de outros é uma ação que sempre valorizei muito e que sempre me ajudou. O momento em que cremos que sabemos de tudo e deixamos de ser aprendizes é o momento em que paramos de crescer. Nunca parem!
_____________________________________________________________________
Lawrence Murata – Colunista sobre a experiência de cursar a graduação em Stanford
Lawrence é, acima de tudo, um sonhador, apaixonado pela possibilidade de melhorar o mundo com o conhecimento. Ama Beatles, chocolate quente, empreendedorismo, línguas a arte. Também é empreendedor nato: sempre gostou de criar coisas e começou seu primeiro grande projeto aos 16. Desde então, nunca parou com seus projetos, que vão de uma organização social a um site para tornar estudos financeiramente viáveis. Em 2012, largou a Escola Politécnica da USP para ser calouro em Stanford, no Vale do Silício, onde explora a ciência da computação, empreendedorismo e economia.