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Vontade de ajudar o próximo casou com desejo de estudar

Confira a matéria que o jornal O Estado de S. Paulo publicou sobre a Gabriela Tom, uma das participantes do Prep Program em 2012:

Davi Lira – O Estado de S. Paulo – 30.06

O voluntariado chegou cedo na vida da estudante paulista Gabriela Tom, de 19 anos. Aos 11, com os avós, já visitava hospitais com crianças com câncer e entregava sopas a moradores de favelas do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. O interesse, no entanto, nunca esteve associado a uma carreira acadêmica, ainda mais no exterior. “Sempre gostei de ajudar. Eu me sinto mais humana.”

Nascida em uma família de classe média baixa, sempre estudou em escolas públicas. Queria fazer Relações Internacionais, mas não conseguiu passar na USP nem nas universidades federais de São Paulo e do Rio, mesmo depois de um ano de cursinho (para o qual ganhou bolsa). Não restou opção além de trabalhar. Mesmo assim, surgiu o sonho de estudar nos Estados Unidos. E o caminho até a graduação no exterior não foi curto. “A minha realidade não me permitia sonhar tão longe.”

Trajetória. Ainda na escola, foi uma das 35 selecionadas para o Projeto Jovens Embaixadores do Departamento de Estado dos EUA, que rendeu uma viagem ao país e um encontro com Hillary Clinton. Na disputa entre 6 mil estudantes, o trabalho voluntário foi diferencial. “Eu e uma colega dávamos aula de inglês e teatro para crianças do Jardim das Palmas e outras favelas.” A aproximação com o inglês e a solidariedade valeu outra premiação: foi eleita em 2011 uma das representantes brasileiras na Comissão de Voluntariado da ONU.

Como não foi selecionada para nenhum curso no Brasil, voltou os olhos para os EUA. Lá, atividades extracurriculares são um dos critérios de seleção, e Gabriela se destacou. Foi aceita em quatro locais: American, Evansville, Regis College e Notre Dame of Maryland. “Escolhi a Evansville, em Indiana, porque não vou pagar nada.” Ela ganhou bolsa integral e auxílio – 75% da universidade e 25% da empresa de publicidade em que trabalha, o Grupo ABC. Antes de partir para o futuro, deixa a lição: “As palavras ‘longe’ e ‘distante’ só existem na cabeça de quem as cria.”

Leia a matéria no portal do Estadão AQUI.

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